O Grupo de Psicologia Circulando é parceiro de escolas e empresas da cidade de Londrina e região e se compromete, para além dos atendimentos clínicos, em promover palestras, encontros e desenvolver projetos com as contribuições da Psicologia.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Descobrindo meu corpinho

Mesmo nos dias de hoje com tantas aceitações conquistadas em sociedade, falar sobre sexualidade ainda pode causar certos constrangimentos.
Porém, se faz importante conversar sobre tal assunto, especialmente no sentido de desenvolver meios de saber como lidar com ele e perceber quando o que ocorre está dentro do que é natural para cada momento da vida.

Por volta dos 3 anos de idade a criança inicia uma fase de descobertas acerca de seu próprio corpo. Ela está deixando de ser tão apegada ao corpo materno para poder descobrir-se enquanto sujeito. Este momento é bastante importante no que se refere a apropriar-se de seu corpinho, saber usá-lo com melhor autonomia, controlar sua energia e poder direcioná-la da melhor maneira e assim ter um bom desenvolvimento.
Essa descoberta sobre suas partes do corpo ao se tocar e se sentir farão marcas em que mais tarde, quando puderem atuar sexualmente, farão sentido e os levarão a ter uma vida sexualmente ativa saudável e prazerosa.

Saber como lidar com este assunto é necessário para que a criança possa assimilar este prazer experimentado e descoberto, afim de que possa direcionar esta energia para outras formas de prazer existentes na infância.

Não por isso deve-se considerar tudo natural e permitido.  É conveniente observar se tal comportamento passa a se manifestar com maior frequência e insistência. Neste caso, pode ser interessante consultar um profissional, como um pediatra ou psicólogo.

A criança também pode compreender a partir de uma conversinha e de orientações dos pais, ou na escola com as educadoras, que essa descoberta se trata de algo gostoso sim, mas que há mais muitas outras maneiras de sentir prazer e direcionar essa energia. Fazer novas amizades, brincar com os coleguinhas, dançar, pular e jogar são atividades que os convocam e colaboram com o direcionamento dessa energia para outros contextos.

Importante mencionar aqui que esta descoberta não possui para a criança uma representação erótica! Neste momento da infância faz parte do desenvolvimento infantil e do processo de conhecimento seu corpinho.

Thais Augusto Gonçales Zanoni
Psicóloga 

CRP 05/44753

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Veja e a indústria farmacêutica: jornalismo ou propaganda?





Ontem, passando por uma banca de jornal, vi a capa da edição desta semana da revista Veja: "Depressão: A promessa de cura - A cetamina é a primeira esperança de tratamento totalmente eficaz da doença que afeta 40 milhões de brasileiros". Fiquei consternado! Na verdade, nem sei como ainda me surpreendo com esta revista, que representa o que há de pior no jornalismo nacional - e mesmo internacional. Não digo isso somente porque discordo de suas posições políticas conservadoras mas porque, mesmo em termos jornalísticos básicos, ela comete erros absurdos, inclusive nas seções não-políticas.

Especificamente com relação aos assuntos ligados à área da saúde, é conhecida - e já analisada em alguns trabalhos acadêmicos - a estreita e promíscua ligação da revista com a indústria farmacêutica. Não é a primeira vez que a Veja, sob a aparência de um jornalismo isento, faz propaganda descarada de alguma medicação. Como afirma a pesquisadora Fernanda Lunkes, que analisou em sua tese de doutorado o discurso de medicalização em várias reportagens da revista, "sob um efeito de cientificidade, compreendo que as matérias se inscrevem em um negócio, e um bom negócio, à indústria farmacêutica e à Veja. As matérias, inseridas principalmente nas Seções medicina e saúde, filiam-se ao discurso da venda e do lucro, onde quem mais ganha é quem vende o produto". Em outro trecho ela afirma que a revista "direciona seus argumentos a favor da indústria e não produz marcas linguísticas de resistência a ela. Ao contrário, ao trazer termos relacionados ao contexto capitalista, como venda, mercado, consumo, ela torna o medicamento um produto a ser vendido/consumido por qualquer um e muitas vezes sem ser por motivos de doença e sim porque está 'na moda' (e se está na moda é preciso consumir)". Por tudo isso, não seria um exagero afirmar que a revista presta um verdadeiro desserviço à população brasileira em matéria de saúde. Ao invés de informar, faz propaganda.


Há pouco mais de um ano, a revista publicou uma reportagem de capa sobre um "milagroso" remédio para emagrecer "sem grandes efeitos colaterais". Terá sido coincidência sua publicação justo num momento em que o governo se mobilizava para restringir a venda de alguns remédios para emagrecer? Certamente não. Afinal, sempre que alguma ação governamental é realizada no sentido regulamentar ou restringir o uso de certas medicações, eis que surge a Veja para defender os interesses da indústria. Nesta outra capa, a revista é ainda mais explícita em suas intenções.



Com relação à reportagem de capa desta semana ainda não a li pois, como me recuso a comprar a revista, estou esperando ela cair na internet - o que ainda não ocorreu. Desta forma, somente analisando a capa, faço algumas considerações preliminares:

1) Como é possível falar em cura para uma doença ou transtorno ou problema como a depressão? Afirmar que existe uma cura para a depressão é como dizer que é possível eliminar definitivamente qualquer tristeza ou ansiedade ou ainda as dúvidas, os receios e os medos, dos quais, dentre outras coisas, a depressão é consequência. É claro que existe algum componente biológico na depressão, mas isto não significa dizer, como querem os psiquiatras modernos, que a depressão é simplesmente um problema genético/cerebral que pode ser eliminado por via química. A coisa é muito mais complexa que isto, mas a revista compra (e vende) muito bem, de forma acrítica, este discurso biologizante/ medicalizante. Uma curiosidade é que há 13 anos, em março de 1999, a revista divulgava, em sua capa, que o mal da depressão "já pode ser vencido com a ajuda de remédios". Será que em 2025 teremos uma nova capa da Veja prometendo mais uma cura definitiva para a "doença da alma"?



2) Sério que 40 milhões de pessoas tem depressão no Brasil? Isto equivale a cerca de 20% da população. Como já discuti neste post, os altos índices de depressão no Brasil e no mundo provavelmente refletem menos a realidade endêmica do problema e muito mais a ampliação e a banalização do diagnóstico moderno de depressão, que desconsidera o contexto em que os sintomas emergem e se mantém. Não sei qual a fonte utilizada pela Veja, mas mas o curioso é que a mesma revista, em 2009, divulgou que 17 milhões de brasileiros tinham depressão. Será que em três anos os índices praticamente triplicaram? Não creio. Este estudo epidemiológico internacional de 2011 aponta que cerca de 10% dos brasileiros teriam depressão. Metade do que aponta a Veja;

3) A montagem utilizada pela revista para ilustrar a capa se utiliza do clichê da "pílula da felicidade", contrapondo a imagem de uma jovem triste à sua (nova) versão feliz. Esta montagem se assemelha muito àquelas produzidas pela indústria farmacêutica para divulgar seus produtos - seja para médicos ou para a população em geral (o que no Brasil, felizmente, é proibido). Esta semelhança não pode ser simplesmente mera coincidência.



4) Com relação à cetamina (também chamada de ketamina), trata-se de um anestésico que tem sido cada vez mais consumido na Europa e nos EUA. Algumas pesquisas, como a relatada por esta reportagem, apontaram para o alívio imediato dos sintomas da depressão por alguns indivíduos após a ingestão da medicação. O fato é que existem ainda poucos e inconclusivos estudos sobre os efeitos antidepressivos da droga, o que é muito diferente de afirmar que os cientistas descobriram um "tratamento totalmente eficaz" para a depressão. O que esta manchete sensacionalista não diz é que o efeito da cetamina é limitado e que, como qualquer medicação, gera efeitos colaterais e pode, inclusive, levar à dependência. Este estudo alerta ainda para o fato de que "o seu uso não se restringe apenas à prática clínica ou pesquisa, sendo frequentemente utilizada como droga de abuso pelos jovens em festas como um potente alucinógeno". Não sei ainda se isto é mencionado no decorrer da reportagem - o que duvido muito -, mas a capa, pelo menos, passa a ideia de uma medicação 100% eficaz e sem efeitos colaterais.

A pesquisadora Lia Hecker Luz, neste estudo sobre a "pílula da longevidade à venda nas páginas da Revista Veja" conclui, após analisar 50 matérias sobre saúde, que a revista "assume esse papel de anunciar aos seus leitores, formados pela classe média, o que há de novo no mercado farmacêutico e de equipamentos de saúde, dando às matérias de Jornalismo científico caráter publicitário, citando nomes comerciais de medicamentos e de seus fabricantes" E conclui com um importante alerta: "Antes de ler as matérias da revista, o leitor deve lembrar-se das prováveis respostas a duas questões: quem tem interesse na notícia e quem vai lucrar com a divulgação da mesma". Quem NÃO vai lucrar, certamente, é o leitor da revista.





Fonte:
Blog Psicologia dos Psicólogos
Felipe Stephan Lisboa
http://psicologiadospsicologos.blogspot.com.br/2012/11/veja-e-industria-farmaceutica.html

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Lua que não dei!

Este texto traz reflexões importantíssimas à respeito do papel dos pais na formação de uma criança. É na falta que as crianças têm a oportunidade de desejar e à partir disso, crescer, inventar, criar, e muito mais que isso, se constituir!


Recomendamos então:

A Lua que não dei!

Cecilio Elias Netto 

Compreendo pais - e me encanto com eles - que desejariam dar o mundo de presente aos filhos. E, no entanto, abomino os que, a cada fim de semana, dão tudo o que filhos lhes pedem nos shoppings onde exercitam arremedos de paternidade.. 

E não há paradoxo nisso. Dar o mundo é sentir-se um pouco como Deus, que é essa a condição de um pai. Dar futilidades como barganha de amor é, penso eu, renunciar ao sagrado. 

Volto a narrar, por me parecer apropriado à croniqueta, o que me aconteceu ao ser pai pela primeira vez. 

Lá se vão, pois, 45 anos. Deslumbrado de paixão, eu olhava a menina no berço, via-a sugando os seios da mãe, esperneando na banheira, dormindo como anjo de carne. E, então, eu me prometia, prometendo-lhe:'Dar-lhe-ei o mundo, meu amor.' E não lhe dei. E foi o que me salvou do egoísmo, da tola pretensão e da estupidez de confundir valores materiais com morais e espirituais. 

Não dei o mundo à minha filha, mas ela quis a Lua. E não me esqueço de como ela pediu, a Lua, há anos já tão distantes. 

Eu a carregava nos braços, pequenina e apenas balbuciante, andando na calçada de nosso quarteirão, em tempos mais amenos, quando as pessoas conversavam às portas das casas. Com ela junto ao peito, sentia-me o mais feliz homem do mundo, andando, cantarolando cantigas de ninar em plena calçada. Pois é a plenitude da felicidade um homem jovem poder carregar um filho como se acariciando as próprias entranhas. Minha filha era eu e eu era ela. Um pai é, sim, um Pequeno Deus, o criador. E seu filho, a criatura bem amada.

E foi, então, que conheci a importância e os limites humanos.. Pois a filhinha - a quem eu prometera o mundo - ergueu os bracinhos para o alto e começou a quase gritar, assanhada, deslumbrada: 'Dá, dá, dá...' Ela descobrira a Lua e a queria para si, como ursinho de pelúcia, uma luminosa bola de brincar. Diante da magia do céu enfeitado de estrelas e de luar, minha filha me pediu a Lua e eu não lhe pude dar. 

A certeza de meus limites permitiu, porém, criar um pacto entre pai e filhos: se eles quisessem o impossível, fossem em busca dele.. 

Eu lhes dera a vida, asas de voar, diretrizes, crença no amor e, portanto, estímulo aos grandes sonhos. E o sonho da primogênita começou a acontecer, num simbolismo que, ainda hoje, me amolece o coração. Pois, ainda adolescente, lá se foi ela embora, querendo estudar no exterior. Vi-a embarcar, a alma sangrando-me de saudade, a voz profética de Kalil Gibran em sussurros de consolo: 

'Vossos filhos não são vossos filhos, mas são os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vem através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. (...) Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.' 

Foi o que vivi, quando o avião decolou, minha criança a bordo. No céu, havia uma Lua enorme, imensa. A certeza da separação foi dilacerante.. Minha filha fora buscar a Lua que eu não lhe dera. E eu precisava conviver com a coerência do que transmitira aos filhos: 'O lar não é o lugar de se ficar, mas para onde voltar'

Que os filhos sejam preparados para irem-se, com a certeza de ter para onde voltar quando o cansaço, a derrota ou o desânimo inevitáveis lhes machucarem a alma. Ao ver o avião, como num filme de Spielberg, sombrear a Lua, levando-me a filha querida, o salgado das lágrimas se transformou em doçura de conforto com Kalil Gibran: como pai, não dando o mundo nem Lua aos filhos, me senti arqueiro e arco, arremessando a flecha viva em direção ao mistério. 

Ora, mesmo sendo avós, temos, sim e ainda, filhos a criar, pois família é uma tribo em construção permanente. 

Pais envelhecem, filhos crescem, dão-nos netos e isso é a construção, o centro do mundo onde a obra da criação se renova sem nunca completar-se. De guerreiros que foram, pais se tornam pajés. E mães, curandeiras de alma e de corpo. É quando a tribo se fortalece com conselheiros, sábios que conhecem os mistérios da grande arquitetura familiar, com régua, esquadro, compasso e fio de prumo. E com palmatória moral para ensinar o óbvio: se o dever premia, o erro cobra. 

Escrevo, pois, de angústias, acho que angústias de pajé, de í­ndio velho. A nossa construção está ruindo, pois foi feita em areia movediça. 

É minúsculo o mundo que pais querem dar aos filhos: o dos shoppings.. 

E não há mais crianças e adolescentes desejando a Lua como brinquedo ou como conquista.. Sem sonhos, os tetos são baixos e o infinito pode ser comprado em lojas. Sem sonhos, não há necessidade de arqueiros arremessando flechas vivas. 

Na construção familiar, temos erguido paredes. Mas, dentro delas, haverá gente de verdade? 


Cecílio Elias Netto é escritor e jornalista.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

terça-feira, 31 de julho de 2012

Matéria sobre Orientação Profissional e Mudança de Profissão publicada na Folha de Londrina, dia 23/07/2012

23/07/2012 -- 00h00

Planejamento pode evitar frustrações

A decisão de mudar precisa ser pensada com calma, na visão de especialistas ligados à área de orientação profissional. A professora de psicologia no Centro Universitário Filadélfia (Unifil), Andrea Schaack Berger, diz que a opção por fazer algo diferente em determinado momento da vida, geralmente ocorre porque a vontade já existia antes. ''É difícil determinar o que leva a essa mudança, mas geralmente essa decisão é como uma semente que já foi plantada há algum tempo e a ideia só vai amadurecendo'', afirma. 

Ela aponta o planejamento e o autoconhecimento como fundamentais antes de dar o passo decisivo da mudança. ''Aprender a se ouvir é um hábito pouco comum hoje em dia, mas em qualquer momento da vida fazer isso é importante. Também avaliar o que essa mudança pode trazer, porque nem sempre a felicidade está ligada ao lado financeiro. É importante também ter coragem para fazer essa mudança, porque novos desafios aparecerão'', observa a psicóloga. 

Na opinião da psicóloga Ana Cláudia Raymundi Spigai, a opção por trocar de área pode ocorrer por vários motivos, o que torna difícil determinar o que leva o indivíduo a repensssar suas escolhas profissionais. ''É importante analisar que tipo de frustração esse sujeito está vivenciando porque ela (a frustração) pode não estar ligada diretamente ao trabalho'', avalia.

Segundo Ana Claúdia, o planejamento antes de qualquer mudança é fundamental. ''Antes da mudança o indivíduo necessita fazer uma busca por autoconhecimento''. É importante fazer um planejamento financeiro antes de tomar a decisão''. 

A Renata Ribas Baggio, também psicóloga da área profissional, acrescenta que para que a decisão seja tomada de uma forma madura, além de se conhecer como indivíduo, se deve buscar informações sobre a profissão que tanto almeja e avaliar se suas aptidões se adequam a atividade. ''Caso o sujeito encontre dificuldades em fazer esssa autoavaliação seria interessante que buscasse o auxílio profissonal'', pondera. (V.F.)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Orientação Vocacional


Ao iniciar uma primeira conversa com alguém, é normal que surjam perguntas como: qual é o seu nome? Onde você mora? Até que sempre chega: “o que você faz?” ou “qual é a sua profissão?”. Isto porque o trabalho ou profissão também nos define, diz sobre nossa identidade.
É importante pensar que as situações de trabalho atuais são muito complexas e gostar do que está fazendo influencia positivamente nessa relação, tornando-se mais fácil descobrir seus talentos e resolver problemas que em outras situações seriam considerados insolúveis. Por outro lado, uma escolha profissional inadequada pode gerar sensação de desprazer ou sentimento de frustração no trabalho.

Como fazer essa escolha?

Uma escolha que possa gerar realização pessoal depende de fatores como: aptidões, conhecimentos, interesses, valores, personalidade, família, entre muitos outros. Para a realização da escolha é importante deixar claro que algumas diferenças entre as pessoas não são características suficientes para enquadrá-las nessa ou naquela profissão. Cada um tem elementos e contextos únicos que levarão a uma escolha baseada em sua história de vida, suas relações com a família, amigos, escola, entre outros.
Sendo assim, é fundamental que o adolescente possa se reconhecer para entender quais são suas motivações pessoais relacionadas com a sua escolha profissional, o que é que realmente importa para ele, com o que ele quer trabalhar, para que, como, quando e onde. Depois disso, é importante pesquisar, procurar informações sobre diferentes profissões, conversar com vários profissionais e a partir disso procurar uma profissão que se encaixe com seus desejos.

Objetivos do processo de Orientação Vocacional são:

  • ·        Analisar junto aos adolescentes as motivações relacionadas com a escolha de uma carreira;
  •        Esclarecer, informar e apoiar o adolescente para que a escolha surja de uma decisão pessoal;
  •          Orientar o adolescente na procura de informação sobre carreiras;
  •          Abrir espaço para que os alunos possam elaborar questões referentes à dificuldade e importância inerentes a tal escolha e o ingresso à faculdade.
Serão necessárias 6 sessões com duração de 1 hora e 10 minutos realizadas na Clínica de Psicologia Circulando, no período de Julho à Agosto de 2012. As datas serão estabelecidas conforme a disponibilidade dos participantes.
O processo se encerra com a devolutiva em horário a ser marcado individualmente,
Investimento: R$ 150,00 por participante.
As inscrições serão realizadas até dia 15 de Julho por e-mail: circulandopsi@gmail.com ou pelos telefones:

(43) 3322-6354 / 9951-9839
(43) 3344-5807 / 8802-2988


Venha participar deste processo e faça uma melhor escola profissional!

Profissionais Responsáveis

Ana Cláudia Raymundi Spigai
Renata Ribas Baggio

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Em casa ou na escolinha???



Não é ruim que as mamães possam também combinar sua vida profissional com a maternidade. Hoje em dia vemos cada vez mais cedo crianças na primeira infância indo para a escolinha, tendo babá ou familiares assumindo alguns cuidados enquanto as mães retomam sua rotina de trabalho.
Mas alguns cuidados são necessários neste momento, este que para algumas mães causa uma série de questionamentos e angustias. Então surgem as dúvidas: deixar na escolinha, com familiares ou babá? Poderão surgir alguns desconfortos quanto à escolha a partir de críticas a cada opção, porém é importante que os pais estejam seguros da escolha que fizeram para seu filho(a). É essencial que os pais possam avaliar o que consideram o melhor para a criança, procurando pontuar o que se identifique com certos valores que lhe são próprios de sua família, costumes e educação.
Reflexos desta escolha aparecem, por exemplo, na escolinha. Se os pais confiam nesta, sentirão segurança na separação e esse sentimento será percebido pela criança que lidará melhor com a nova situação, assim como por meio de uma babá escolhida por aqueles. É sempre bom que os pais possam conhecer o espaço físico da escolinha, ter uma conversa com a direção, com a psicóloga da instituição a fim de conhecer o trabalho e como este é realizado.
Vemos uma preocupação maior nos dias de hoje sobre a iniciação da alfabetização, porém a criança na primeira infância requer alguns cuidados e uma atenção diferenciada nesta etapa importantíssima. Este primeiro momento se trata do processo de adaptação para a criança e até mesmo para seus pais, no caso da criança permanecer na escolinha fatores como a sociabilidade desta e questões acerca da rotina terão uma atenção especial em que por meio do brincar a criança terá um espaço de reconhecimento de si, sobre suas ações com outras crianças, descobrimentos que são positivos para a auto-estima e para esta se sentir mais segura.
Conversas anteriores com a criança sobre o que a espera nesse novo ambiente que fará parte de seus dias também é de grande valia, sobre o lugar, a tia, o tempo que poderá brincar com os novos coleguinhas até que o busquem de volta...
Caso, neste momento, houver sentimentos de culpa, insegurança, ansiedade e pensamentos ruins que passem a fazer parte de suas preocupações pode-se fazer útil uma conversa com a psicóloga da escola, ou um acompanhamento psicoterapêutico direcionado para suas próprias angústias. Assim como, no caso da criança demonstrar reações e comportamentos estranhos à mudança ocorrida.


Thaís Gonçales
CRP 08/15172